História de algumas personalidades importantes que marcaram (ou não) a história de Portugal e da Europa

segunda-feira, 30 de março de 2009

Marquesa de Rio Maior




Maria de Saint-Léger (1841-1920) - Marquesa e condessa de Rio Maior

Maria nasceu em casa da sua avó materna D.Isabel Carvalho e Meneses no Arco do Cego, de seu nome completo Maria Isabel Lemos e Roxas Carvalho Meneses de Saint-Léger e era a única filha do conde e marquês da Bemposta e da condessa de Subserra.
Creseu em Subserra no seio da alta aristocracia portuguesa do período da monarquia liberal.
Ainda jovem Maria testemunhou importantes acontecimentos da sua época como a viagem de inauguração dos caminhos-de-ferro em Portugal
Rapidamente Maria entrou nos círculos da nobreza lisboeta, sendo-lhe proposta o casamento com o conde de Rio Maior, D.António de Oliveira e Sousa.
Em 1886 António foi agraciado com o título de marquês de Rio Maior. Maria tornou-se dama da rainha D.Maria Pia e assistiu ao casamento de D.Carlos com D.Amélia onde lhe coube a tarefa de organizar o paço para a recepção dos príncipes e princesas Europeus.
A marquesa assistiu ainda ao trágico dia do regicídio, onde ela e outros aristocratas esperavam pelos reis no Terreiro do Paço.
Maria Rio Maior foi uma importante personalidade da época que viveu durante cinco reinados (D.Maria II a D.Manuel II).

domingo, 29 de março de 2009

Marquês de Alorna



D.Pedro de Almeida Portugal (1754-1813) - Marquês de Alorna e conde de Assumar

D.Pedro de Almeida Portugal nasceu e 1756 e com apenas cinco anos, quando os seu avós os Marqueses de Távora foram mortos no cadafalso de Belém, Pedro teve de abandonar os seu pais, a sua mãe e irmãs foram enclausuradas no Convento de Chelas e o seu pai, o marquês de Alorna foi preso no Forte da Junqueira juntamente com outro fidalgos.
A educação de Pedro foi assim entregue a Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal que tinha mandado matar os seus avós e prender os seus pais. Pedro de Almeida Portugal estudou no Colégio dos Nobres e alistou-se no regimento militar.
Casou com D.Henriqueta Júlia Gabriela da Cunha (São Vicente) com a qual teve dois filhos que morreram tragicamente em crianças.
O rei D.João VI tinha prometido ao marquês de Alorna o cargo de vice-rei do Brasil mas antes da partida para o mesmo, o rei tirou-lhe e entregou ao conde de Arcos e então entregou-lhe o cargo de governador de Armas da Província do Alentejo.
O marquês testemunhou os episódios políticos mais importantes do seu tempo, como a fuga da corte para o Brasil, na qual ele não foi e as Invasões Francesas,
Aquele tempo de intrigas e invejas levou o marquês de Alorna e muitos outros companheiros a juntarem-se aos franceses, combatendo na Europa, participando na 3º invasão e a participar na terrível campanha da Rússia que o levou á sua morte.

Madame de Maintenon



Françoise d'Aubigné (1635-1719) - Marquesa de Montespan e mulher do rei Luís XIV

Françoise d'Aubigné nasceu na prisão da Niort onde o seu pai estava enclausurado, nasceu no seio de uma família da pequena fidalguia mas completamente falida.
Quando ainda era uma criança foi viver para casa dos tios, onde aprendeu a ler e escrever. Em jovem foi viver para casa de uma madame endinheirada, sua madrinha, aí aprendeu bastante e tornou-se uma mulher culta.
A sua madrinha tratou de lhe arranjar um casamento e com apenas dezasseis anos casou com um poeta de quarenta e um, Monsiur Scarron. Enquanto casada foi apresentada á sociedade de Paris, conheceu figuras ilustres que provavelmente iriam mudar a sua vida entre elas Madame de Montespan.
Quando o seu marido morreu, Madame Scarron estava completamente na desgraça e a sua antiga amiga, a marquesa de Montespan que era amante de Luís XIV abrigou-a na corte com o intuito de tomar conta dos seus filhos e bastardos do rei.
Chegada a luxuosa corte francesa Madame Scarron sente-se perdida e ignorada e começa a ser ridicularizada pela sua amiga Montespan. Passados alguns tempos na corte Françoise cria uma forte amizade com Luís XIV que leva a um forte romance, tornando se assim amante do rei, com a saída de Montespan da corte e a morte da sua mulher, Maria Teresa de Espanha o romance entre os dois começa a ficar mais sério e Luís acaba por casar com Françoise que foi agraciada com o título de marquesa de Maintenon.
Madame de Maintenon, uma alma solidária cria várias instituições de caridade, entre elas a mais conhecida Saint-Cyr-l'École.

Catarina de Bragança



Catarina de Bragança (1638-1705) - Infanta de Portugal e Rainha de Inglaterra

Catarina nasceu no Paço Ducal de Vila Viçosa e que com dois anos parou de ser apenas filha de um duque para passar a ser Infanta de Portugal, pois o seu pai, D.João IV restaurou o trono aos Filipes, que governaram Portugal durante cerca de sessenta anos. Catarina era uma rapariga não muito bonita mas bastante solidária e simpática.
Durante a sua infância, a Infanta passou por muito, testemunhou a morte dos seus dois queridos irmãos, D.Teodósio e a princesa da Beira, D. Joana, assistiu às frequentes rivalidades entre os seus dois irmãos, D.Afonso IV e D.Pedro II, muitas delas alimentadas pela sua mãe, D.Luisa de Gusmão.
Catarina, como filha um monarca, tinha de casar com algum príncipe europeu, pensou-se em casar a pequena infanta com João da Áustria, bastardo de Filipe IV de Espanha ou com Luís XIV, delfim e futuro rei da França, mas Catarina acabou por casar com Charles de Inglaterra.
Com 23 anos Catarina vai para Inglaterra, aí sofreu bastante, num país distante, onde a corte era completamente diferente da de Portugal, um país que desconhecia a língua e onde a sua religião era condenada. O seu marido, que parecia tão perfeito, apesar de a respeitar bastante traí-a com as suas próprias damas, Catarina assistiu aos nascimentos dos intermináveis filhos bastardos do marido, enquanto ela continuava sem conseguir engravidar e gerar assim o tão desejado herdeiro para a coroa inglesa.
Apesar de não ter conseguido completar um dos mais importantes objectivos, Catarina introduziu em Inglaterra o hábito de beber chá, o uso de geleia de laranja, o tabaco e mesmo o uso de talhares.